
No exercício da atividade
profissional de engenharia e arquitetura, apesar de algumas exceções notáveis,
a inteligência, a formação acadêmica (básica e complementar), os conhecimentos
técnicos e a experiência, de forma isolada, não constituem fatores decisivos
para o sucesso ou fracasso na carreira. A maioria dos profissionais integrantes
do sistema CONFEA (aproximadamente 900 mil profissionais), são suficientemente
capacitados nesses quesitos. Como Docente em cursos de Engenharia e
Arquitetura, observo que a distinção de acadêmicos brilhantes dos apenas
competentes são as habilidades e características como a facilidade de
comunicação, a autoconfiança, a habilidade para trabalhar em grupo e para se
relacionar, a capacidade de adaptação, além do potencial de liderança,
curiosidade e controle emocional. A partir desta observação, costumo dizer que
o comportamento dentro da academia será o reflexo da conduta profissional.
Assiste-se, no século XXI, a um
cenário de mudanças tecnológicas e sociais que geram transformações nas
relações de trabalho. Alguns autores, dentre eles Ferraz (1983), ressaltam que
desde o final do século XX observa-se a exigência de uma sólida formação
humano-técnico-científica como requisito de qualificação profissional do
engenheiro, que, diante de mudanças observadas no meio social, passa a realizar
atividades no exercício de sua profissão, como o gerenciamento de pessoas e
processos, que lhe exigem conhecimentos humanos, sociais, econômicos e
políticos, que estão além das atividades técnicas.
Na atual conjuntura mercadológica no universo da
engenharia, um profissional bem preparado, de bom caráter e personalidade
agradável será sempre um profissional melhor e mais valioso que um profissional
que possua as mesmas qualificações técnicas mas careça das habilidades sociais
básicas.
Há poucas décadas que a psicologia virou ciência,este passo foi enorme para a humanidade!
ResponderExcluirPerguntaram a Carl Gustav Jung (discípulo de Freud - autor das expressões extrovertido , introvertido , complexo, dentre outras), qual o maior inimigo do homem? a resposta: "Ele mesmo! E sabe qual o meu maior medo!? O homem conhece muito pouco do seu maior inimigo!!! " Parabéns professor, pelo comentário ultra pertinente!!!
Sem dúvida, o diferençal no mercado de trabalho, e a capacidade de cada individuo de socializar-se, trabalhar em grupo, escutar, pensar e falar de forma culta e clara. A boa integração da capacidade técnica juntamente da "pro-atividade", fazem do individuo um profissional mais valioso.
ResponderExcluirDeixo registrado minha euforia em ver que há profissionais coerentes e capacitados como o professor. Parabéns, pelo artigo, que além de muito bem escrito, está muito claro de interpretar.