segunda-feira, 28 de março de 2011

ENGENHARIA – DA OMISSÃO A SOLUÇÃO

As cidades brasileiras vêm passando por acelerado processo de crescimento, resultando na ocupação de novas áreas em face da necessidade de acomodar novos moradores e obras de melhoramentos na infraestrutura urbana. Entretanto, é comum observar que o vetor crescimento rume para áreas consideradas inadequadas para seu desenvolvimento, visto que a ocupação muitas vezes ocorre em loteamentos clandestinos, sem o aval do poder público, porém, com a conivência do mesmo.


O uso inadequado e desordenado do solo urbano induz a um crescente processo de degradação do meio físico, trazendo como consequências a diminuição da qualidade de vida e a potencialização dos riscos de acidentes resultando em perdas humanas e materiais. Isso faz com que temas como a expansão urbana, riscos geológicos, inundações e acidentes naturais despertem interesses cada vez maiores de especialistas e profissionais que trabalham junto ao meio físico e antrópico.


Em uma era de inovação e desenvolvimento de tecnologias, com comunicação em tempo real, como podemos admitir ser “pegos de surpresa” por fenômenos climáticos?


Inúmeras são as respostas, ou desculpas, para este questionamento. Porém todas convergirão para o mesmo princípio: Não temos a cultura da prevenção. Vivemos em um país tropical, que até pouco tempo era considerado como zona livre de grandes fenômenos climáticos. Então, porque pensar/gastar tempo e recursos financeiros com fenômenos que não nos atingem?


Rio Tubarão - 12 de maio de 2010

Em 2004 presenciamos o primeiro furacão do atlântico sul – Furacão Catarina; quatro anos mais tarde, fortes e intermitentes chuvas desencadearam o maior desastre geotécnico de Santa Catarina; entre 2009 e os primeiros meses de 2011, acumulamos inúmeras vítimas fatais e contamos os prejuízos econômicos e materiais oriundos do poder das águas.

O fato é que estamos vivenciando um marco de alterações climáticas, que em minha visão iniciou em 2004 com o furacão Catarina, logo, nossa cultura precisa mudar. Nossas técnicas construtivas são arcaicas, ainda permitimos construções em áreas impróprias, aprovamos loteamentos sem o mínimo de infraestrutura, permitimos que as decisões políticas sejam sobressalentes em relação à técnica.

Mas por que não vejo grandes discussões em torno da engenharia nacional? Não seria este o momento de rediscutirmos nossa função para minimizar os efeitos destes fenômenos?



12 comentários:

  1. Concordo com o texto do professor. No que se refere a prevenção de catástrofes estamos muito além do ideal. Por mais que temos o privilégio de morar num país onde temos poucos fenônemos naturais, não devemos abrir mão de tomar cuidados, até porque o clima está mudando rapidamente, mas as nossas atitudes continuam iguais.

    Raignen Laureano da Silva.

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  2. Com certeza precisamos de uma reação da população para resolver esses problemas geográficos. Como não temos o poder de evitar esses fenômenos climáticos, a engenharia nacional terá que discutir idéias para melhor infraestrutura em cidades com leis mais rígidas.
    Porém, seja lá que for resolvido não trará de volta as vidas perdidas nessas tragédias.
    Precisamos de uma solução rápido! Todos esses fenômenos são conseqüências da ação do homem.

    Elizabeth Mello

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  3. com certeza nosso pais está passando por uma fase de transformação gigantesca,tanto
    economicamente como por força maior da natureza,e não estamos preparados para tais transformaões,cabe a nós cidadãos e futuros engenheiros,comecarmos a mudar essa realidade evitando construir em areas de riscos,loteamentos irregulares,etc..
    E começando desde ja nossa conscientização e preparação com obras capazes de suportar tais fenomenos,nos preparando também fisicamente e psicologicamente para tais eventos.

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  4. Conforme diz o texto, o nosso país vem crescendo de forma acelerada e desordenada. Lógicamente, precisa-se de uma solução rapida para tais problemas. Talvez não seja tão facil mudar a estrutura atual de muitos lugares ja ocupados erroneamente, mas ainda há tempo de iniciar um novo planejamento estrutural, para evitar futuras "surpresas". Creio que como disse Elizabeth, a criação leis mais rigidas auxilie muito nisso, mas não bastam novas leis, também é preciso colocá-las em prática, para isso, há a necessidade da união do poder publico, do profissional de engenharia civil(entre outros) e tambem da população, pois não adianta, um só querer mudar, todos temos que trabalhar juntamente.

    Thayse Laurentino Rosa

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  5. Com relação ao nosso clima, não é de agora que notamos a diferença. Infelizmente de alguns anos para cá, a natureza tem atingido o Brasil de maneira drástica, causando estragos economicamente significativos; quando deixa de atingir o Sul, atinge o Sudeste e assim sucessivamente. Quando nos damos conta do estrago que esta acarretando, reunisse os melhores engenheiros para tomar providências corretivas. Afinal, sabe-se que existem falhas significativas no sistema geral de estrutura no Brasil. Não seria mais fácil prevenir do que remediar? Entendo que existem prioridades maiores do que se preocupar com “possíveis” tornados, terremotos e etc. Mas não podemos esquecer que essas atividades geológicas têm tomado um rumo diferente do que o habitual. Agora é a hora de rever conceitos. É hora de se preocupar também com essa área que não é menos importante que as demais. Afinal, se uma ponte cai, pessoas saem feridas... causam transtornos a moradores, gastos desnecessários são obtidos,prejuízos severos a natureza e assim por diante. É interessante que os futuros engenheiros se dêem conta da necessidade e importância que é ser um Engenheiro. É preciso ter a visão preventiva. Não se deve olhar apenas para o pomposo salário que estará em vossas mãos. Mas principalmente lembrar que pessoas estarão dependendo do profissionalismo e a ética desses profissionais.

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  6. O Brasil ficou por muito tempo conhecido como um país estável no que se diz respeito à fenômenos naturais de grande escala. Não éramos atingidos por furacões, grandes chuvas... mas agora tudo mudou e com isso temos que mudar o jeito com que tratamos essas questões. Acho que o investimento que é feito para prevenção destes fenômenos está muito abaixo do necessário para um país do tamanho que é o Brasil. Já existe tecnologia capaz de prever estes fenômenos e basta apenas que o Brasil se adapte a este "Novo" Mundo em que estamos vivendo.

    Rodrigo Sachet Lunkes

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  7. Com certeza não temos a cultura da prevenção.
    Catástrofes naturais que aconteçam neste país são apenas poucos exemplos para justificar a nossa inacreditável indiferença diante dos nossos problemas. Lembramos outras “catástrofes” brasileiras que são previsíveis, mas não menos importantes, como por exemplo, 24.000 pessoas morrem anualmente em acidentes de trânsito, 15 milhões de pessoas ainda são analfabetas, 34% são analfabetos funcionais, 530 pessoas morreram de dengue em 2010, a corrupção.... A lista é longa. Como mudar isso? As soluções já existem há um bom tempo, mas por que os problemas se repetem?
    Sem a cultura da prevenção, da preservação da vida, da ética e dos bons costumes, deixando tudo mais ou menos como está, como será o futuro do país de nossos filhos? Este é o nosso grande desafio e nós, como engenheiros, temos um papel importante na mudança deste quadro. Tem solução. Em outros tempos já demonstramos que fomos capazes. É só querermos e mais uma vez está mais que na hora. Pensem nisso!

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  8. Realmente a tempos atrás, fenômenos naturais aconteciam em nosso pais com muita raridade, mais com o passar dos tempos e as ações do homem a natureza começou a `` se defender``, já está mais do que na hora de esses assuntos serem debatidos, para encontrarem soluções ou formas de minimizar esses problemas quanto antes, para não ser tarde de mais

    Por : Ícaro Delfino da Rosa

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  9. Bom seria se todos tivessem e oportunidade de ler esse texto e rever conceitos, opiniões, lembrar de acontecimentos ocorridos de alguns anos para cá, de forma resumida, clara, explicita e correta.
    Concordo com cada palavra dita, e não entendo como que com tanta tecnologia e ao mesmo tempo catástrofes, as pessoas se preocupam principalmente com a atualização de celulares, "notbooks" e entre outras coisas que o básico já servia, ao invéz de se importar com sua região, país, planeta e procurar formas de previnir essas catástrofes, tomar consciência de que quanto mais poluição, mais problemas irão aparecer.
    Construções em locais devidamente corretos, que manter a ordem de qualquer município, não é apenas quastão de capricho, e sim de segurança.
    Em relação à ultima pergunta, com certeza, é sim o momento, pois se não discutirmos agora, pode ser tarde demais.
    Para mudar o mundo e talvez minimizar esses problemas naturais, não basta uma pessoa, mas sim, todos nós.

    Kellyn Locks
    1º Semestre de Engenharia Civil.

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  10. O Brasil era um país livre de desastres naturais, mais o tempo mostrou que lugar algum esta livre desses desastres. Com o crescimento das cidades mais pessoas vão aparecendo e assim começa a ocupação inadequada das áreas das cidades, com a ocupação inadequada mais problemas aparecem, novos fenômenos climáticos surgem e cada vez ficam mais imprevisíveis, assim ocasionando desastres maiores e mais frequentes. O Brasil não é um país preparado para receber catástrofes, na verdade é um país que não previne, espera acontecer para arrumar, então varias pessoas perdem tudo, ate a vida. Então seria necessário discutir e arrumar soluções para minimizar os efeitos destes fenômenos.

    RAMON BAUMANN

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  11. Brasil é um país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza, mas ultimamente estamos vivenciando muitos desastres que não são estritamente naturais, também são influenciados pelo homen. A causa disso é o saturamento de pessoas que acabam habitando aréas com pouca infraestrutura e não respeitam o meio ambiente.
    Muita gente, pouca infraestrutura. Isso é um problema.
    mas somos futuros engenheiros, e engenheiros são grandes solucionaores de problemas. Então o que seria de nós se esses problemas não existissem?

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  12. Já passou o tempo de rediscutirmos nossa função, porem, não é tarde para isso afinal ao que indica estes desastres não irão vão cessar se ficarmos parados sem fazer nada a respeito.

    Miguel Luiz Coelho

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