segunda-feira, 19 de julho de 2010

Geração Frankenstein.

Segundo um ditado popular, quem não lê não escreve!.

Também é fato que estamos vivenciando um momento de transição nos meios de comunicação, afinal, quando foi a ultima vez que o caro leitor inseriu uma carta no correio? Muitas de nossas crianças nem sabe qual a função do correio.

Pois bem. O fato é que somos diariamente bombardeados por informações em tempo real, disseminadas de maneira agressiva em nosso cérebro. Até pouco tempo atrás, e bem pouco tempo mesmo, a grande dificuldade era encontrar a informação. O acesso era difícil, movia-se o mundo para conseguir acesso a um artigo técnico, por exemplo. Hoje é o contrário. A informação esta ali, à disposição 24 horas por dia. Houve por tanto, uma mudança em nosso cotidiano. Nos dias atuais, a dificuldade não é em buscar a informação, mas sim, em o que fazer com ela, como filtra-la, como maximizar seu resultado. No entanto, na contramão de evolução, qual o motivo de nossos jovens estudantes possuírem tamanha dificuldade em expressar suas idéias de maneira escrita ?

O acesso rápido a informação, em minha humilde opinião, acaba diminuindo a capacidade de discernimento do leitor, pois se ele não entendeu determinado texto ou opinião, basta digitar “palavras chaves no google”, que alguma resposta imediata aparecerá, ou seja, não precisa pensar, raciocinar, refletir sobre o tema. Isso é coisa do passado. O que eu preciso saber é: digitar no “google”.

Sinto que estamos repetindo a saga de Victor Frankenstein, pois nossa atual “estrutura educacional” baseada em índices ou indicadores, formam indivíduos que sabem ler e escrever, mas continuam analfabetos funcionais, pois não sabem ou não são estimulados a pensar. E assim, a vida segue...